A obra de duplicação da Estrada de cerca de 10 quilômetros, que cruza Porto Alegre, Alvorada e Viamão, dependia de recursos federais junto ao Orçamento de 2013, que não contou com o apoio e o voto dos deputados e senadores gaúchos.
Os vereadores viamonenses Luís Armando Azambuja (PT) e Valdir Jorge Elias-Russinho (PMDB), na última segunda (26/11) e terça-feira (27/11) peregrinaram os gabinetes dos 31 deputados federais e dos três senadores gaúchos do Congresso Nacional, reivindicando o apoio e o voto para emenda que destinava R$ 19,1 milhões para Duplicação da Estrada Caminho do Meio, como é conhecido o trecho que começa no fim da Avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, e segue por Alvorada até a parada 54 de Viamão.
Mas na reunião, que ocorreu no final da tarde de terça-feira (27/11), que decidiu as prioridades para investimentos através das emendas para o Rio Grande do Sul, os parlamentares da Bancada Gaúcha, pelo segundo ano consecutivo, não apoiaram e nem deram votos suficientes, para que a Duplicação do Caminho do Meio fosse incluída no orçamento de obras da União para 2013. “Uma decepção e frustração muito grande para comunidade viamonense, que sofre com as dificuldades e prejuízos desta via e sonha com a nova rodovia”, desabafaram os vereadores Armando e Russinho.
A mobilização de empresários, políticos, entidades e as prefeituras de Alvorada, Porto Alegre e Viamão começou em agosto de 2009. Nesse mesmo ano, os deputados federais do Estado aprovaram a emenda ao orçamento da União de 2010 que destinava recursos federais para a obra, mas o valor não foi empenhado no ano seguinte e o dinheiro acabou não vindo e a obra não saiu do papel. De lá para cá, em 2011 e 2012, a emenda não mais contou com o apoio e votos suficientes para entrar no Orçamento da União e houve pouco progresso nas tratativas para que o plano saia do papel e se torne uma realidade.
A reformulação da via de cerca de 10 quilômetros de extensão é uma reclamação antiga dos moradores. O projeto chegou a ser aprovado e anunciado pela Metroplan, mas as obras nunca se iniciaram. O alto número de atropelamentos na estrada, que também não tem meio-fio, esta entre as grandes preocupações.
A esperança da Duplicação esta no PAC da Mobilidade do RS
Incentivados e determinados na conquista da duplicação do Caminho do Meio, os vereadores Armando e Russinho, apontaram que ainda há esperança para reverter a situação e manter a garantia da liberação do dinheiro das obras de Duplicação do Caminho do Meio. A expectativa é buscar R$ 40 milhões dos recursos do PAC da Mobilidade Urbana, onde foi divulgado a vinda de R$ 300 milhões para o Estado, esta na mira dos vereadores. “Vamos reivindicar junto a Metroplan e a Secretaria de Transportes do Governo do Estado, recursos para o Caminho do Meio, e estamos defendemos uma força tarefa incluindo vereadores, prefeitos, lideranças políticas, como o Geraldinho Filho, além de representantes da comunidade, para uma grande mobilização em defesa da duplicação o Caminho do Meio”, disparou o vereador Armando.
O projeto da Duplicação do Caminho do Meio
O projeto, no valor de R$ 200 mil, apresentado em junho de 2010, pela empresa Hidrosul, e foi contratado e custeado por empresas da área imobiliária e de transporte urbano, com parceria de diversos segmentos de empresários de Viamão e prevê que o Caminho do Meio passaria a contar com duas faixas de cada lado de uma extensão de 9,7 quilômetros, com ciclovia e horse way (para circulação de cavaleiros), calçadas e refúgios para os ônibus pegarem passageiros nas paradas. “A estimativa é de que pelo menos 100 mil pessoas seriam diretamente beneficiadas com a duplicação do Caminho do Meio, que passa pelo município de Alvorada, e chegando até a Parada 54 de Viamão”, enfatizaram os vereadores Armando e Russinho.
Pelo projeto da duplicação do Caminho do Meio, o governo federal enviaria R$ 40 milhões, e o Estado, como contrapartida, entraria com mais R$ 10 milhões. O Governo do Estado já garantiu que vai investir a sua parte, de contrapartida para a obra, e afirma que os projetos executivos estão prontos. Segundo o arquiteto e diretor-superintendente da Metroplan, Oscar Escher, o processo de solicitação do licenciamento ambiental aguarda apenas uma sinalização do governo federal para ser iniciado. A Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano informa que o começo dos trabalhos depende da liberação dos recursos federais.