Por iniciativa, e por lei de autoria do vereador Luís Armando Azambuja, a Câmara formou, essa semana, a Frente Parlamentar Não Deixe o Hospital de Viamão Parar, depois dos frequentes atrasos, dos repasses de verbas estaduais que ultrapassaram a 15 milhões, e que acabaram gerando uma série de problemas para a administração do Hospital, como atraso na folha de pagamento e de fornecedores, além de paralisação de parte dos atendimentos, como o laboratório, onde são realizados os exames, e as cirurgias eletivas.
Inclusive a UPA da 36h, teve que disponibilizar a realização de exames extras, para atender a demanda que na paralisação o hospital não contava em condições de fazer.
“Isso é inadmissível e uma vergonha. Não é esmola que queremos, é o cumprimento do dever do Estado, que falha com a nossa gente. Temos que agir urgentemente”, indignou-se o vereador Armando, ao defender o imediato repasse das verbas governamentais devidas ao Hospital.
De acordo com o vereador Armando, presidente da Comissão de Defesa das Minorias e dos Direitos Humanos da Câmara, a medida tem por objetivo de fortalecer e promover a discussão, elaboração e aplicação de políticas públicas em defesa da manutenção e a qualificação dos atendimentos prestados pelo Hospital de Viamão, assim como, a realização de uma força tarefa para tratar junto ao Governo Estadual, e outros diferentes órgãos públicos de apoio, como Ministério Público, Poder Judiciário, Conselho Municipal de Saúde (CMS), Prefeitura e Assembleia Legislativa, entre outros, formas quitação imediata das dívidas do Governo do Estado com o Instituto de Cardiologia – Hospital de Viamão / Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), que ultrapassou os 15 milhões, bem como, averiguar a responsabilidades, e tratar os prejuízo nos atendimentos a população, e as questões relacionadas, a fim de propor estudos e soluções aos problemas na área que afetam o atendimento a saúde dos viamonenses, nos limites do interesse local.
“O Hospital de Viamão chegou a paralisar parte dos atendimentos, na semana passada, como o laboratório onde são realizados os exames e as cirurgias eletivas, por falta de repasse dos recursos do Governo do Estado, com reflexos e prejuízos no atendimento a população viamonense que depende do SUS para tratamento de saúde”, disse o vereador Armando, ao defender ações em defesa, para não deixar o Hospital parar os atendimentos a população.
Confira os dados e os números do Hospital de Viamão:
Mais de 260 mil viamonenses dependem do Hospital Viamão, por ser o único disponível na cidade e que atende 99% pelo SUS, para receber atendimento nas mais diversas atrás como traumatologia, emergência e outras.
Em 2014 foi firmado um contrato com a Secretaria da Saúde do Estado para garantir o repasse mensal de mais de R$ 4 milhões que viabilizam o funcionamento do hospital e o atendimento à saúde dos cidadãos de Viamão e também de Alvorada e Cachoeirinha.
Porém estes repasses estão em atraso desde fevereiro de 2016. Após quatro meses funcionando a pleno sem os pagamentos da Secretaria Estadual da Saúde, tornou-se impossível manter o atendimento e o Hospital Viamão está sob ameaça de ter que encerrar alguns serviços, entre eles a emergência.
– O Hospital possui 175 leitos disponíveis, sendo que 161 são para atendimentos do SUS;
– Custo mensal da Emergência do Hospital R$ 1,7 milhão;
– São realizadas em média por ano: 5,9 mil internações, 61 mil atendimentos na emergência, 14 mil atendimentos de consultas especializadas, 540 mil exames laboratoriais, 38 mil exames de raio-X.
– O Hospital de Viamão é referência para as cidades de Alvorada e Cachoeirinha nos atendimentos de traumatologia, neurologia e saúde mental.
– Viamão tem uma população estimada de 260 mil habitantes e estima-se que 84% da população de Viamão dependa exclusivamente do SUS;
A Frente Parlamentar Não Deixe o Hospital de Viamão Parar
A Frente Parlamentar Não Deixe o Hospital de Viamão Parar, foi formada pela portaria ficou composta pelos seguintes vereadores: presidente Evandro Rodrigues – PSDB e relator Luís Armando Azambuja – PT, e como membros: Dieguinho – PSD, Sergio Ângelo – PV, Adão Pretto – PT, Joãozinho da Saúde – PMDB, Nadim Harfouche – PP, Guto Lopes – Psol, Márcio Katofa – PSB, e Maninho Fauri – PSD.