O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi criado para mudar a concepção das pessoas a respeito da doença e dos soropositivos. “Viver com Aids é possível, com o preconceito não!”.
A sigla AIDS vem do inglês Acquired immunodefiecience syndrome, que em português significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O vírus da AIDS (HIV) destrói as células brancas do organismo, responsáveis em proteger e combater doenças no corpo humano. Com a destruição das defesas do organismo, o corpo fica bastante fragilizado e propício a ser atacado por inúmeras doenças, como pneumonias, infecções, herpes e até mesmo alguns tipos de câncer.
O laço vermelho passou a ser usado como símbolo dessa luta a partir de 1991. Ele foi criado pela Visual Aids como uma forma de homenagear todas as pessoas que sofrem e morrem em decorrência da doença. É visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a AIDS.
Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a AIDS foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS.
No Brasil, a data passou a ser adotada a partir de 1988. O preconceito e a discriminação contra as pessoas vivendo com HIV/AIDS são as maiores barreiras no combate à epidemia, ao adequado apoio, à assistência e ao tratamento daAIDS e ao seu diagnóstico.
O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma referência para o mundo. Agora nós, brasileiros, precisamos encontrar uma forma de quebrarmos os preconceitos contra a doença e seus portadores e sermos mais solidários do que somos por natureza.
Neste dia 1º de dezembro é importante que todos realizem uma reflexão a respeito de solidariedade, amor ao próximo e compaixão. É importante que cada um reveja sua postura em relação aos soropositivos e também utilize esse momento para informar-se a respeito da doença e de como ela pode ser evitada. O preconceito e a falta de informação são os principais problemas enfrentados pela luta contra a AIDS. “Acabar com o preconceito e aumentar a prevenção devem se tornar hábitos diários de nossas vidas. Viver com Aids é possível, com o preconceito não!”, enfatizou o vereador Armando, no Dia de Combate a Aids.
A AIDS pode ser transmitida através do contato de fluídos corporais do infectado com o sangue de uma pessoa saudável, por meio de relações sexuais sem preservativo (camisinha), transfusões de sangue ou compartilhamento de seringas e agulhas, e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento. Beijos, abraços ou contatos com a pele da pessoa portadora de HIV não transmite a doença, sendo assim, não há motivos para evitar o contato com os soropositivos.
A doença não tem cura, mas pode ser tratada com coquetéis antiaids, quando diagnosticada a tempo, melhorando a qualidade de vida do infectado. O HIV não escolhe suas vítimas pelo sexo, orientação sexual ou idade, por tanto previna-se, a vida é mais forte que a AIDS.
Saiba mais sobre a AIDS | |
O que é HIV? |
É o causador da AIDS. O HIV (vírus da imunodeficiência humana) recebe esse nome, pois destrói o sistema imunológico. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há portadores do vírus (soropositivos) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. |
O que é AIDS? |
AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, e se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento das doenças oportunistas. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose e até alguns tipos de cânceres. |
Como se pega o HIV? |
Como o HIV, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, o vírus pode ser transmitido de várias formas: • Sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal); Evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. |
Como sei se tenho HIV? |
Basta fazer um dos testes existentes para diagnosticar a doença. O resultado é seguro e sigiloso. É realizado a partir da coleta de sangue. Os pacientes que tiverem o resultado positivo devem fazer acompanhamento médico. |
Por que fazer o teste de AIDS? |
Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica. |
Como é o tratamento? |
O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS uma referência para o mundo.
O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando exames clínicos e de laboratório indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo. Para que o tratamento dê certo, o paciente não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los, pois dessa forma o vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. |
Acompanhamento médico? |
O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como AIDS. Tomar os remédios conforme as indicações do médico são fundamentais para ter sucesso no tratamento. O uso irregular dos antirretrovirais acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que acompanha o paciente. |
É possível viver bem com a AIDS? |
Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais – coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada. Mesmo em tratamento, a pessoa com AIDS pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar, passear, se divertir e fazer amigos. |